Solene Vigília Pascal

 

DOMINGO DA RESSUREIÇÃO DO SENHOR

MISSA DA VIGÍLIA

Segundo antiquíssima tradição, esta noite é ''uma vigília em honra do Senhor'' (Ex 12,42). Assim os fiéis, segundo a advertência do Evangelho (Lc 12,35ss), tendo nas mãos lâmpadas acesas, sejam como os que esperam o Senhor, para que ao voltar os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa.

Deste modo se realiza a vigília desta noite: após breve celebração da luz (primeira parte da vigília), medita a Igreja sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa (segunda parte ou liturgia da palavra), até que, aproximando-se a manhã da ressurreição, seja convidado, com os membros que lhe nasceram pelo batismo (terceira parte), a participar da mesa que o Senhor lhe preparou por sua morte e ressurreição (quarta parte).
 
Toda Vigília Pascal seja celebrada durante a noite, de modo que não comece antes do anoitecer do sábado e sempre termine antes da aurora de domingo.
 
Mesmo celebrada antes da meia-noite, a Missa da vigília é a verdadeira Missa do domingo da Páscoa.
 
Quem participa da Missa da noite pode comungar também na segunda Missa da Páscoa.
 
Quem celebra ou concelebra a Missa da noite pode também celebrar ou concelebrar a segunda Missa da Páscoa.
 
O sacerdote e os ministros vestem paramentos brancos, como para a Missa. 
 
Preparem-se velas para todos os que participam da vigília.

PRIMEIRA PARTE
SOLENE INÍCIO DA VIGÍLIA PASCAL 

Apagam-se as luzes da igreja.
 
Em um lugar conveniente, fora da igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta, aproxima-se o sacerdote com os ministros, trazendo um deles o círio pascal.
 
Quando não se pode preparar o fogo fora da igreja, realiza-se o rito como adiante no n.13.


RITOS INICIAIS

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se ao local preparado junto com os ministros, durante o canto de entrada.

Terminado o canto de entrada, toda a assembleia, de pé, faz o sinal da cruz enquanto o sacerdote diz:

Pres: Em nome do Pai e + do Filho e do Espírito Santo.
Ass: Amém.

O sacerdote, voltado ao povo e abrindo os braços, saúda-o com uma das seguintes fórmulas:

Pres: Irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam concedidas abundantemente.
Ass: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

O sacerdote, diácono ou outro ministro devidamente preparado poderá, em breves palavras, introduzir os fiéis na missa do dia.


EXORTAÇÃO

O sacerdote saúda como de costume o povo reunido e explica-lhe brevemente o sentido da Vigília, com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs. Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.

BÊNÇÃO DO FOGO NOVO

Em seguida, abençoa o fogo.
Pres: Oremos...
Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que creem o clarão da vossa luz, santificai este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. 
Por Cristo, nosso Senhor. 
Ass: Amém. 
 
PREPARAÇÃO DO CÍRIO

Se, considerando a sensibilidade do povo, parecer oportuno realçar por meio de alguns símbolos a dignidade e significação do círio pascal, pode-se proceder do seguinte modo:
Terminada a bênção do fogo novo, o acólito ou um dos ministros traz o círio pascal ao sacerdote, que grava no mesmo uma cruz com o estilete. Em seguida, traça no alto da cruz a letra grega Alfa, embaixo a letra Ômega, e, entre os braços da cruz, os quatro algarismos que designam o ano em curso, enquanto diz o seguinte:

1. Cristo ontem e hoje (faz a incisão da haste vertical);
2. Princípio e Fim (faz a incisão da haste horizontal);
3. Alfa (faz a incisão da letra Alfa no alto da haste vertical);
4. e Ômega. (faz a incisão da letra Ômega embaixo da haste vertical);
5. A ele o tempo (faz a incisão do primeiro algarismo do ano em curso sobre o ângulo esquerdo superior da cruz);
6. e a eternidade (faz a incisão do segundo algarismo do ano em curso sobre o ângulo direito superior);
7. a glória e o poder (faz a incisão do terceiro algarismo do ano em curso no ângulo esquerdo inferior);
8. pelos séculos sem fim. Amém. (faz a incisão do quarto algarismo do ano em curso no  ângulo direito inferior);


Feita a incisão da cruz e dos outros sinais, o sacerdote pode aplicar no círio cinco grãos de incenso, formando uma cruz e dizendo: 
1. Por suas santas chagas, 
2. suas chagas gloriosas  
3. o Cristo Senhor 
4. nos proteja 
5. e nos guarde. Amém. 


O sacerdote acende o círio pascal com o fogo novo, dizendo:
Pres: 
A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente. 
 
Depois da saudação e da exortação como acima, benze-se o fogo.
 

PROCISSÃO

O diácono (ou, na falta dele, o sacerdote) toma o círio e o ergue por algum tempo, cantando:
Eis a luz de Cristo! 
E todos respondem:
Ass: Demos graças a Deus!
 
Todos se dirigem para a igreja, precedidos pelo diácono com o círio pascal. Se for usado incenso, o turiferário com o turíbulo aceso vai à frente do diácono.
 
À porta da igreja, 0 diácono para e, erguendo o círio canta de novo:
Eis a luz de Cristo! 
E todos respondem:
Ass: Demos graças a Deus!

O diácono, ao chegar diante do altar, volta-se para o povo e canta pela terceira vez:
Eis a luz de Cristo! 
E todos respondem:
Ass: Demos graças a Deus!
 
Acendem-se então todas as luzes da igreja. 
Em alguns lugares há o belo costume de deixar as luzes apagadas até o final da Proclamação da Páscoa, ou ainda, até o Hino de Louvor, pode-se conservar sim esse costume.


PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA

Chegando ao altar, o sacerdote vai para a sua cadeira. O diácono coloca o círio pascal no candelabro no centro do presbitério ou junto ao ambão. Depois de colocado o incenso se for o caso, o diácono, como para o Evangelho da Missa, pede a bênção ao sacerdote, que diz em voz baixa:
Que o Senhor esteja em teu coração e em teus lábios, para que possas proclamar dignamente a sua Páscoa: em nome do Pai e do + Filho e do Espírito Santo.

Omitem-se esta bênção se a proclamação da Páscoa não for feita por um diácono.
O diácono, ou, na falta dele, o sacerdote, incensa, se for o caso, o livro e o círio. Faz a proclamação da Páscoa, do ambão, ou no púlpito, estando todos de pé e com as velas acesas.

CANTO
PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA

EXULTE O CÉU, E OS ANJOS TRIUNFANTES,
MENSAGEIROS DE DEUS, DESÇAM CANTANDO;
FAÇAM SOAR TROMBETAS FULGURANTES,
A VITÓRIA DE UM REI ANUNCIANDO.

ALEGRE-SE TAMBÉM A TERRA AMIGA,
QUE EM MEIO A TANTAS LUZES RESPLANDECE;
E, VENDO DISSIPAR-SE A TREVA ANTIGA,
AO SOL DO ETERNO REI BRILHA E SE AQUECE.

QUE A MÃE IGREJA ALEGRE-SE IGUALMENTE,
ERGUENDO AS VELAS DESTE FOGO NOVO,
E ESCUTE, REBOANDO DE REPENTE,
A ACLAMAÇÃO CANTADA PELO POVO.

O SENHOR ESTEJA CONVOSCO.
ASS: E COM O TEU ESPÍRITO.

CORAÇÕES AO ALTO.
ASS: O NOSSO CORAÇÃO ESTÁ EM DEUS.

DEMOS GRAÇAS AO SENHOR, NOSSO DEUS.
ASS: É NOSSO DEVER E NOSSA SALVAÇÃO.

SIM, VERDADEIRAMENTE É BOM E JUSTO
CANTAR AO PAI DE TODO O CORAÇÃO,
E CELEBRAR SEU FILHO JESUS CRISTO,
TORNADO PARA NÓS UM NOVO ADÃO.

FOI ELE QUEM PAGOU DO OUTRO A CULPA,
QUANDO POR NÓS À MORTE SE ENTREGOU:
PARA APAGAR O ANTIGO DOCUMENTO
NA CRUZ TODO O SEU SANGUE DERRAMOU.

POIS EIS AGORA A PÁSCOA, NOSSA FESTA,
EM QUE O REAL CORDEIRO SE IMOLOU:
MARCANDO NOSSAS PORTAS, NOSSAS ALMAS,
COM SEU DIVINO SANGUE NOS SALVOU.

ESTA É, SENHOR, A NOITE EM QUE DO EGITO
RETIRASTES OS FILHOS DE ISRAEL,
TRANSPONDO O MAR VERMELHO A PÉ ENXUTO,
RUMO À TERRA ONDE CORREM LEITE E MEL.

Ó NOITE EM QUE A COLUNA LUMINOSA
AS TREVAS DO PECADO DISSIPOU,
E AOS QUE CREEM NO CRISTO EM TODA A TERRA
EM NOVO POVO ELEITO CONGREGOU!

Ó NOITE EM QUE JESUS ROMPEU O INFERNO,
AO RESSURGIR DA MORTE VENCEDOR:
DE QUE NOS VALERIA TER NASCIDO,
SE NÃO NOS RESGATASSE EM SEU AMOR?

Ó DEUS, QUÃO ESTUPENDA CARIDADE
VEMOS NO VOSSO GESTO FULGURAR: 
NÃO HESITAIS EM DAR O PRÓPRIO FILHO,
PARA A CULPA DOS SERVOS RESGATAR.
 
Ó PECADO DE ADÃO INDISPENSÁVEL,
POIS O CRISTO O DISSOLVE EM SEU AMOR;
Ó CULPA TÃO FELIZ QUE HÁ MERECIDO
A GRAÇA DE UM TÃO GRANDE REDENTOR!
 
SÓ TU, NOITE FELIZ, SOUBESTE A HORA
EM QUE O CRISTO DA MORTE RESSURGIA;
E É POR ISSO QUE DE TI FOI ESCRITO:
A NOITE SERÁ LUZ PARA O MEU DIA!
 
POIS ESTA NOITE LAVA TODO CRIME,
LIBERTA O PECADOR DOS SEUS GRILHÕES;
DISSIPA O ÓDIO E DOBRA OS PODEROSOS,
ENCHE DE LUZ E PAZ OS CORAÇÕES.

Ó NOITE DE ALEGRIA VERDADEIRA,
QUE PROSTRA O FARAÓ E ERGUE OS HEBREUS,
QUE UNE DE NOVO AO CÉU A TERRA INTEIRA,
PONDO NA TREVA HUMANA A LUZ DE DEUS.

NA GRAÇA DESTA NOITE O VOSSO POVO
ACENDE UM SACRIFÍCIO DE LOUVOR;
ACOLHEI, Ó PAI SANTO, O FOGO NOVO:
NÃO PERDE, AO DIVIDIR-SE, O SEU FULGOR.

CERA VIRGEM DE ABELHA GENEROSA
AO CRISTO RESSURGIDO TROUXE A LUZ:
EIS DE NOVO A COLUNA LUMINOSA,
QUE O VOSSO POVO PARA O CÉU CONDUZ.

O CÍRIO QUE ACENDEU AS NOSSAS VELAS
POSSA ESTA NOITE TODA FULGURAR;
MISTURE SUA LUZ À DAS ESTRELAS,
CINTILE QUANDO O DIA DESPONTAR.

QUE ELE POSSA AGRADAR-VOS COMO O FILHO,
QUE TRIUNFOU DA MORTE E VENCE O MAL:
DEUS, QUE A TODOS ACENDE NO SEU BRILHO,
E UM DIA VOLTARÁ, SOL TRIUNFAL.
ASS: AMÉM! AMÉM! AMÉM! AMÉM! AMÉM.

SEGUNDA PARTE
LITURGIA DA PALAVRA

Nesta vigília, mãe de todas as vigílias, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e Evangelho).
 
Por razões de ordem pastoral, pode-se diminuir o número de leituras do Antigo Testamento, tendo-se, porém, em conta que a leitura da Palavra de Deus é o principal elemento desta vigília. Leiam-se pelo menos três leituras do Antigo Testamento, ou, em casos especiais, ao menos duas. A leitura do Êxodo, cap. 14, nunca pode ser omitida.

EXORTAÇÃO

Apagando as velas, sentam-se todos. E antes de começarem as leituras, o sacerdote dirige-se ao povo com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, tendo iniciado solenemente esta vigília, ouçamos no recolhimento desta noite a Palavra de Deus. Vejamos como ele salvou outrora o seu povo e nestes últimos tempos enviou seu Filho como Redentor. Peçamos que o nosso Deus leve à plenitude a salvação inaugurada na Páscoa.

Seguem-se as leituras. O leitor dirige-se ao ambão, onde faz a primeira leitura. Em seguida, o salmista ou cantor diz o salmo, ao qual o povo se associa pelo refrão. Depois todos se levantam e o sacerdote diz: Oremos. Após um momento de silêncio, diz a oração. Repete-se isso em todas as leituras.

PRIMEIRA LEITURA
(Gn 22, 1-3. 9ª. 10-13. 15-18)

Leitor: Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: Abraão! E ele respondeu: Aqui estou. E Deus disse: Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar. Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Aqui estou! E o anjo lhe disse: Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único. Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, e lhe disse: Juro por mim mesmo - oráculo do Senhor -, uma vez que agiste desse modo e não me recusaste teu filho único, eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste. 

Leitor: Palavra do Senhor! 
Ass: Graças a Deus.

RESPONSÓRIO
(Sl 15)

— GUARDAI-ME, Ó DEUS, PORQUE EM VÓS ME REFUGIO! GUARDAI-ME Ó DEUS!

— Ó SENHOR, SOIS MINHA HERANÇA E MINHA TAÇA, MEU DESTINO ESTÁ SEGURO EM VOSSAS MÃOS!  TENHO SEMPRE O SENHOR ANTE MEUS OLHOS, POIS SE O TENHO A MEU LADO NÃO VACILO. 
 
— EIS PORQUE MEU CORAÇÃO ESTÁ EM FESTA, MINHA ALMA REJUBILA DE ALEGRIA, E ATÉ MEU CORPO NO REPOUSO ESTÁ TRANQUILO; POIS NÃO HAVEIS DE ME DEIXAR ENTREGUE À MORTE, NEM VOSSO AMIGO CONHECER A CORRUPÇÃO.
 
— VÓS ME ENSINAIS VOSSO CAMINHO PARA A VIDA; JUNTO A VÓS, FELICIDADE SEM LIMITES, DELÍCIA ETERNA E ALEGRIA AO VOSSO LADO! 


ORAÇÃO

Pres: Oremos...
Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação e, pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. 
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.


SEGUNDA LEITURA 
(Ex 15, 15 – 15,1)

Leitor: Leitura do Livro do Êxodo.

Leitor: Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés: Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às custas do Faraó e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros. Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar- -se dos outros. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito for- te; e as águas se dividiram. Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós. O Senhor disse a Moisés: Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros. Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda. Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico: 
 
RESPONSÓRIO 
(Ex 15)

— CANTEMOS, CANTEMOS, CANTEMOS AO SENHOR QUE FEZ BRILHAR A SUA GLÓRIA! 
 
— AO SENHOR QUERO CANTAR, POIS FEZ BRILHAR A SUA GLÓRIA:  PRECIPITOU NO MAR VERMELHO O CAVALO E O CAVALEIRO!  O SENHOR É MINHA FORÇA, É A RAZÃO DO MEU CANTAR, POIS FOI ELE NESTE DIA PARA MIM LIBERTAÇÃO! 
 
— ELE É MEU DEUS E O LOUVAREI, DEUS DE MEU PAI, E O HONRAREI. O SENHOR É UM DEUS GUERREIRO, O SEU NOME É “ONIPOTENTE”: OS SOLDADOS E OS CARROS DO FARAÓ JOGOU NO MAR, SEUS MELHORES CAPITÃES AFOGOU NO MAR VERMELHO. 
 
— AFUNDARAM COMO PEDRAS E AS ONDAS OS COBRIRAM. Ó SENHOR, O VOSSO BRAÇO É DUMA FORÇA INSUPERÁVEL! Ó SENHOR, O VOSSO BRAÇO ESMIGALHOU OS INIMIGOS! 
 
— VOSSO POVO LEVAREIS E O PLANTAREIS EM VOSSO MONTE, NO LUGAR QUE PREPARASTES PARA A VOSSA HABITAÇÃO, NO SANTUÁRIO CONSTRUÍDO PELAS VOSSAS PRÓPRIAS MÃOS. O SENHOR HÁ DE REINAR ETERNAMENTE, PELOS SÉCULOS!

ORAÇÃO

Pres: Oremos...

Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição do Faraó, realizais agora a salvação de todas as nações, fazendo-as renascer nas águas do batismo. Concedei a todos os seres humanos tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. 
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

HINO DE LOUVOR

Canta-se ou recita-se o Hino de Louvor. Durante o hino, repicam-se os sinos que depois permanecerão silenciosos até a Vigília Pascal.


ORAÇÃO DO DIA

Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz: Oremos...

E todos oram em silêncio por um tempo.
Então, o sacerdote abrindo os braços reza a oração a oração:
Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo o coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ass: Amém.

LEITURA

O leitor dirige-se ao ambão para a primeira leitura, que todos ouvem sentados.

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos: Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo. 

Palavra do Senhor!
Graças a Deus.



ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

Segue-se o Aleluia ou outro canto.

Terminada a epístola, todos se levantam e o sacerdote entoa solenemente o Aleluia, que todos repetem. Em seguida, o salmista ou o cantor diz o salmo, ao qual o povo responde com o Aleluia. Se for necessário, o próprio salmista entoa o Aleluia.

Pres: Aleluia!
Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!
 
Pres: Aleluia!
Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!
 
Pres: Aleluia!
Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA.

RENDEI GRAÇAS AO SENHOR
QUE SEU AMOR É SEM FIM.
DIGA O POVO DE ISRAEL
QUE SEU AMOR É SEM FIM.
DIGAM SEUS SACERDOTES
QUE SEU AMOR É SEM FIM.
DIGAM TODOS OS CRISTÃOS
QUE SEU AMOR É SEM FIM.

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA.

EIS O DIA DO SENHOR
ALEGRES NELE EXULTEMOS.
QUE NOS SALVE IMPLOREMOS
ALEGRES NELE EXULTEMOS.
BEM-VINDOS À SUA CASA
ALEGRES NELE EXULTEMOS.
NÓS TODOS, OS SEUS AMADOS
ALEGRES NELE EXULTEMOS.

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA.

Enquanto isso, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
Diác: Dá-me a tua bênção.

O sacerdote diz em voz baixa:
Pres: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono responde:
Diác: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio;
Pres: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, e diz:
Diác ou Sac: O Senhor esteja convosco!
O povo responde:
Ass: E com teu espírito.
     
O diácono, ou o sacerdote, fazendo o sinal da cruz no livro e, depois, na fronte, na boca e no peito, diz:
Diác ou Sac: Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas.
Ass: Glória a vós, Senhor!

Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.

No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. Elas encontraram a pedra do túmulo removida. Mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas. Tomadas de medo, elas olhavam para o chão, mas os dois homens disseram: “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’”. Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos. Mas eles acharam que tudo isso era desvario, e não acreditaram. Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.

Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote diz:
Diác ou Sac: Palavra da Salvação!
Ass: Glória a vós, Senhor!

O sacerdote beija o livro e diz:
Diác ou Sac: Pelas palavras do Santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Ass: Amém.


TERCEIRA PARTE
LITURGIA BATISMAL 

O sacerdote e os ministros dirigem-se ao batistério, se este pode ser visto pelos fiéis. Caso contrário, coloca-se o recipiente com água no próprio presbitério.
 
Se houver batismo, chamam-se os catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida. Se houver crianças, serão apresentadas pelos pais e padrinhos.

EXORTAÇÃO

O sacerdote exorta o povo com estas palavras ou outras semelhantes:
 
Se houver batismo
Pres: Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces a alegre esperança dos nossos irmãos e irmãs (N.N.), para que Deus todo-poderoso acompanhe com sua misericórdia os que se aproximam da fonte do novo nascimento.

Se não houver Batismo, mas só a bênção da água batismal:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos sobre estas águas a graça de Deus Pai onipotente, para que em Cristo sejam reunidos aos filhos adotivos aqueles que renascerem pelo batismo.

LADAINHA DE TODOS OS SANTOS

Dois cantores entoam a ladainha, à qual todos respondem de pé (por ser tempo pascal).
Se o batistério é distante, canta-se a ladainha durante a procissão, sendo-os antes chamado os que vão receber o batismo. A procissão é precedida pelo círio pascal, seguido pelos catecúmenos e padrinhos, e depois, pelo sacerdote e os ministros. Neste caso, a exortação é feita antes da bênção da água.

Se não houver batismo nem bênção de água batismal, omite-se a ladainha e procede-se logo à bênção da água (n.45).

Podem-se acrescentar alguns nomes à lista dos santos, sobretudo os padroeiros da igreja, do lugar e dos catecúmenos.

— SENHOR, TENDE PIEDADE DE NÓS.
Ass: SENHOR, TENDE PIEDADE DE NÓS.

— CRISTO, TENDE PIEDADE DE NÓS.
Ass: CRISTO, TENDE PIEDADE DE NÓS.
 
— SENHOR, TENDE PIEDADE DE NÓS.
Ass: SENHOR, TENDE PIEDADE DE NÓS.
 
— SANTA MARIA, MÃE DE DEUS.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SÃO MIGUEL E SANTOS ANJOS DE DEUS.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SÃO JOÃO BATISTA E SÃO JOSÉ.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SÃO PEDRO E SÃO PAULO.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SANTO ANDRÉ E SÃO JOÃO.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SANTA MARIA MADALENA E SANTA INÊS.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SANTO ESTEVÃO E SÃO LOURENÇO.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SANTA PERPETUA E SANTA FELICIDADE.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SANTO AGOSTINHO E SÃO GREGÓRIO.
Ass: ROGAI POR NÓS.

— SANTO ATANÁSIO E SÃO BASÍLIO.
Ass: ROGAI POR NÓS.

— SÃO MARTINHO E SÃO BENTO.
Ass: ROGAI POR NÓS.

— SÃO FRANCISCO E SÃO DOMINGOS.
Ass: ROGAI POR NÓS.

— SÃO FRANCISCO XAVIER E SÃO JOÃO MARIA VIANNEY.
Ass: ROGAI POR NÓS.

— SANTA CATARINA E SANTA TERESA DE JESUS.
Ass: ROGAI POR NÓS.

— SANTA TERESA DO MENINO JESUS.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— TODOS OS SANTOS E SANTAS DE DEUS.
Ass: ROGAI POR NÓS.
 
— SEDE-NOS PROPÍCIO.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.
 
— PARA QUE NOS LIVREIS DE TODO MAL, DE TODO PECADO E DA MORTE ETERNA.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.
 
— PELA VOSSA ENCARNAÇÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.
 
— PELA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.
 
— APESAR DE NOSSOS PECADOS.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.

Se houver batismo
— PARA QUE VOS DIGNEIS DAR A NOVA VIDA AOS QUE CHAMASTES AO BATISMO.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.

Se não houver batismo
— PARA QUE SANTIFIQUEIS COM A VOSSA GRAÇA ESTA ÁGUA, ONDE RENASCERÃO OS VOSSOS FILHOS.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.
 
De qualquer modo prossegue-se
— JESUS, FILHO DO DEUS VIVO.
Ass: OUVI-NOS, SENHOR.
 
— CRISTO, OUVI-NOS.
Ass: CRISTO, OUVI-NOS.
 
— CRISTO, ATENDEI-NOS.
Ass: CRISTO, ATENDEI-NOS.

Se houver batismo, o sacerdote, de mãos unidas, diz a seguinte oração:
Pres: Ó Deus de bondade, manifestai o vosso poder nos sacramentos que revelam vosso amor. Enviai o espírito de adoção para criar um novo povo, nascido para vós nas águas do batismo. E assim possamos ser em nossa fraqueza instrumentos do vosso poder. 
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.
 
BÊNÇÃO DA ÁGUA BATISMAL

O sacerdote, de mãos unidas, diz a seguinte oração:
Pres: Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos, realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz, do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água. Após sua ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos, e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Olhai agora, ó Pai, a vossa Igreja, e fazei brotar para ela a água do batismo. Que o Espírito Santo dê, por esta água, a graça do Cristo, a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova.

O sacerdote, se for oportuno, mergulha o Círio na água uma ou três vezes, dizendo:
Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso Filho desça sobre toda esta água a força do Espírito Santo. 
 
E, mantendo o círio na água, continua:
E todos os que, pelo batismo, forem sepultados na morte com Cristo, ressuscitem com ele para a vida. 
Por Cristo, nosso Senhor. 
Ass: Amém. 

ACLAMAÇÃO
 
O sacerdote retira o Círio da água, enquanto o povo aclama: 

FONTES DO SENHOR, BENDIZEI O SENHOR! 
LOUVAI-O E EXALTAI-O PARA SEMPRE!

 
BATISMO E CONFIRMAÇÃO

Cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado. Os catecúmenos adultos são confirmados logo após o batismo, se houver Bispo, ou sacerdote com delegação para fazê-lo (conforme o n. 46).
 
RITO PARA O BATISMO E CONFIRMAÇÃO
_________________________________________

BÊNÇÃO DA ÁGUA PARA ASPERSÃO

45. Se não houver batismo nem bênção de água batismal, o sacerdote benze a água para a aspersão do povo com a seguinte oração:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus para que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós, recordando o nosso batismo. Que ele se digne renovar-nos, para que permaneçamos fiéis ao Espírito que recebemos.
 
E, após um momento de silêncio, prossegue de mãos unidas:
Senhor nosso Deus, velai sobre o vosso povo e nesta noite santa em que celebramos a maravilha da nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede; por ela os profetas anunciaram a vossa aliança que era vosso desejo concluir com a humanidade; por ela finalmente, consagrada pelo Cristo no Jordão, renovastes, pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos que foram batizados na Páscoa. 
Por Cristo, nosso Senhor. 
Ass: Amém. 
_________________________________________
 
RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO

Após o rito do batismo (e confirmação), ou, se não houver batismo, após a bênção da água, todos, de pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo. O sacerdote dirige-se aos fiéis com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, pelo mistério pascal fomos no batismo sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso, terminados os exercícios da Quaresma, renovemos as promessas do nosso batismo, pelas quais já renunciamos a Satanás e suas obras, e prometemos servir a Deus na Santa Igreja Católica. Portanto: 
 
Pres: Para viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciais ao pecado? 
Ass: Renuncio. 
 
Pres: Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo o que vos possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós? 
Ass: Renuncio. 
 
Pres: Para seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e princípio do pecado?
Ass: Renuncio. 
 
Em seguida, o sacerdote prossegue:
Pres: Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra? 
Ass: Creio.
 
Pres: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu? 
Ass: Creio.
 
Pres: Credes no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
Ass: Creio. 
 
Pres: O Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, no Cristo Jesus, nosso Senhor.
Ass: Amém.
 
ASPERSÃO

O sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam:

Antífona:
VI A ÁGUA SAINDO DO TEMPLO,
BEM DO LADO DIREITO DE CRISTO, ALELUIA!
TODO AQUELE A QUEM ELA CHEGAVA 
ERA SALVO DA MORTE E DIZIA:
ALELUIA! ALELUIA!
Ou outro canto referente ao batismo.

Enquanto isso, os neobatizados são conduzidos ao seu lugar entre os fiéis. 

Se a bênção da água batismal não foi feita no batistério, os ministros transportam-na ao batistério com reverência.


QUARTA PARTE
LITURGIA EUCARÍSTICA

Inicia-se o canto do ofertório, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho , o cálice e o missal.

Convém que os fiéis manifestem a sua participação, trazendo o pão e o vinho para a celebração da Eucaristia, ou outros dons para auxílio da comunidade e dos pobres.

O sacerdote, de pé, toma a patena com o pão e, elevando-a um pouco sobre o altar, reza em silêncio:
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.

Se não houver canto ao ofertório, poderá o sacerdote recitar em voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a aclamação:
Bendito seja Deus para sempre!

O diácono ou o sacerdote derrama o vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio:
Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.

Em seguida, o sacerdote toma o cálice e, elevando-o um pouco sobre o altar, reza em silêncio:
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano, que agora vos apresentamos e que para nós se vai tornar vinho da salvação.
Coloca o cálice sobre o corporal.

Se não houver canto ao ofertório, poderá o sacerdote recitar em voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a aclamação:
Bendito seja Deus para sempre!

O sacerdote, inclinando, reza em silêncio:
De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus.

Se for oportuno, incensa as oferendas e o altar. Depois, o diácono ou o ministro incensa o sacerdote e o povo.

O sacerdote, de pé, ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio:
Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me de meus pecados.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

No meio do altar e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, o sacerdote diz:
Pres: Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
Ass: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para a glória do seu nome, para o nosso bem e de toda a santa Igreja.

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote reza a oração sobre as oferendas:
Pres: Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do mistério pascal, seja por vossa graça penhor da eternidade. 
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.


PREFÁCIO DA PÁSCOA I
Santíssima Eucaristia I
Eucaristia, sacrifício e sacramento de Cristo

Prefácio da Páscoa I, nesta noite, p.421.
Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz:
Pres: O Senhor esteja convosco!
Ass: E com teu espírito.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
Pres: Corações ao alto!
Ass: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Pres: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!
Ass: É nosso dever e nossa salvação.
O sacerdote, de braços abertos, continua o prefácio.
Pres: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, mas sobretudo nesta noite em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Ele é o verdadeiro Cordeiro, que tira o pecado do mundo. Morrendo, destruiu a morte, e, ressurgindo, deu-nos a vida. Transbordando de alegria pascal, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, para celebrar a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz...
Ao final, une as mãos e, com o povo, canta ou diz em voz alta:
Ass: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

ORAÇÃO EUCARÍSTICA I

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres: Pai de misericórdia, a quem sobem nossos louvores, nós vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso,
une as mãos e traça o sinal da cruz sore o pão e o cálice ao mesmo tempo, dizendo:
que abençoeis + estas oferendas apresentadas ao vosso altar.
O povo aclama:
Ass: Abençoai nossa oferenda, ó Senhor!

O sacerdote, de braços abertos, prossegue:
Pres: Nós as oferecemos pela vossa Igreja santa e católica: concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só corpo e governando-a por toda a terra. Nós as oferecemos também pelo vosso servo o papa N., por nosso bispo N.*, e por todos os que guardam a fé que receberam dos apóstolos.
O povo aclama:
Ass: Conservai a vossa Igreja sempre unida!

Memento dos vivos
1C: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N.
une as mãos e reza em silêncio.
De braços abertos, prossegue:
e de todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fidelidade e a dedicação em vos servir. Eles vos oferecem conosco este sacrifício de louvor por si e por todos os seus, e elevam a vós as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.
O povo aclama:
Ass: Lembrai-vos, ó Pai, de vossos filhos!

"Infra actionem"
2C: Em comunhão com toda a Igreja celebramos a noite santa da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Veneramos também a Virgem Maria e seu esposo São José, os santos apóstolos e mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e Cipriano, Lourenço e Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e todos os vossos Santos. Por seus méritos e preces concedei-nos sem cessar a vossa proteção. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
O povo aclama:
Ass: Em comunhão com toda a Igreja aqui estamos!

Pres: Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda dos vossos servos e de toda a vossa família. Nós a oferecemos também por aqueles que fizestes renascer pela água e pelo Espírito Santo, dando-lhes o perdão de todos os pecados. Dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação eterna e acolhei-nos entre os vossos eleitos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Estendendo as mãos sobre as oferendas, diz:
Pres: Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santificar estas oferendas, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.
O povo aclama:
Ass: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
O sacerdote une as mãos.

Nas fórmulas que se seguem, as palavras do Senhor sejam proferidas de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres: Na noite em que ia ser entregue,
toma o pão, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, e prossegue:
ele tomou o pão em suas mãos,
eleva os olhos,
elevou os olhos a vós, ó Pai, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo:

TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, 
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.

Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena, fazendo genuflexão para adorá-la.

Então prossegue:
Pres: Do mesmo modo, ao fim da ceia,
toma o cálice nas mãos, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, e prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:

TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, 
O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, 
QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS. 
FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.

Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e faz genuflexão para adorá-lo.

Em seguida, diz:
Pres: Eis o mistério da fé!
O povo aclama:
Ass: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres: Celebrando, pois, a memória da paixão do vosso Filho, da sua ressurreição dentre os mortos e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos, e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os bens que nos destes, o sacrifício perfeito e santo, pão da vida eterna e cálice da salvação.
O povo aclama:
Ass: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!

Prossegue, de braços abertos:
Recebei, ó Pai, esta oferenda, como recebestes a oferta de Abel, o sacrifício de Abraão e os dons de Melquisedeque.
96. Une as mãos e inclina-se, dizendo:
Nós vos suplicamos que ela seja levada à vossa presença, para que, ao participarmos deste altar, recebendo o Corpo e o Sangue de vosso Filho,
ergue-se e faz sobre si o sinal da cruz, dizendo:
sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.
Une as mãos.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém
O povo aclama:
Ass: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!

Memento dos defuntos.
O sacerdote, de braços abertos, diz:
3C: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N. que partiram desta vida, marcados com o sinal da fé.
Une as mãos e reza em silêncio.
De braços abertos, prossegue:
A eles, e a todos os que adormeceram no Cristo, concedei a felicidade, a luz e a paz.
Une as mãos.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
O povo aclama:
Ass: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!

Bate no peito dizendo:
4C: E a todos nós pecadores,
de braços abertos, prossegue:
que confiamos na vossa imensa misericórdia, concedei, não por seus méritos, mas por vossa bondade, o convívio dos Apóstolos e Mártires: João Batista e Estêvão, Matias e Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino e Pedro; Felicidade e Perpétua, Águeda e Luzia, Inês e Cecília, Anastácia e todos os vossos santos.
Une as mãos:
Por Cristo, Senhor nosso.
O povo aclama:
Ass: Concedei-nos o convívio dos eleitos!

E o sacerdote prossegue:
4C: Por ele não cessais de criar e santificar estes bens e distribuí-los entre nós.

Ergue o cálice e a patena com a hóstia, dizendo:
Pres: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
O povo aclama:
Ass: Amém.

RITO DA COMUNHÃO

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz unindo as mãos:
Pres:  Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer:

O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
Ass: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.
O sacerdote une as mãos. O povo conclui a oração aclamando:
Ass: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
Ass: Amém.

O sacerdote, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
O povo responde:
Ass: O amor de Cristo nos uniu.

Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote acrescenta estas palavras ou outras semelhantes:
Diác: No Espírito de Cristo ressuscitado, saudai-vos com um sinal de paz.

E todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz e a caridade; o sacerdote saúda o diácono ou o ministro.

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio:
Pres: Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna.

Enquanto isso, canta-se ou recita-se:
Ass: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Essas palavras podem ser repetidas várias vezes, se a fração do pão se prolonga. Contudo, na última vez se diz: dai-nos a paz.

O sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio:
Pres: Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao mundo, livrai-me dos meus pecados e de todo mal; pelo vosso Corpo e pelo vosso Sangue, dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.
Ou: 
Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue, que vou receber, não se tonem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade, sejam sustento e remédio para a minha vida.

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia, elevando-a sobre a patena, diz em voz alta, voltado para o povo:
Pres: Eu sou o pão vivo, que desceu do céu: se alguém come deste Pão viverá eternamente. 
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
Ass: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio:
Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.
Comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio:
Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.
Comunga o Sangue de Cristo.

Toma a patena ou o cibório e, mostrando a hóstia um pouco elevada aos que vão comungar e diz a cada um:
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
Amém.
O diácono, ao distribuir a sagrada comunhão, procede do mesmo modo.

Se houver comunhão sob as duas espécies, observe-se o rito prescrito.

Enquanto o sacerdote comunga do Corpo de Cristo, inicia-se o canto da comunhão.

Terminada a comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.
Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Fazei, Senhor,que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal e transforme para nós em remédio eterno.

O sacerdote pode voltar a cadeira. É aconselhável guardar um momento de silêncio ou recitar algum salmo ou canto de louvor.


ORAÇÃO PÓS COMUNHÃO

De pé, junto à cadeira ou ao altar, o sacerdote diz:
Pres: Oremos...
E todos, com o sacerdote, rezam algum tempo de silêncio, se ainda não o fizeram. Em seguida o sacerdote abrindo os braços diz a oração ''Depois da comunhão''.
Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como pela morte do vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua ressurreição alcançar o que buscamos.  
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

BÊNÇÃO SOLENE
Vigília Pascal e Dia da Páscoa

O sacerdote abrindo os braços, saúda o povo:
Pres: O Senhor esteja convosco!
O povo responde:
Ass: E com o teu espírito.
O sacerdote diz:
Inclinai-vos para receber a bênção.
 
Em seguida, o sacerdote, com as mãos estendidas sobre o povo, diz a oração:
Pres: Que o Deus todo-poderoso vos abençoe nesta solenidade pascal e vos proteja contra todo pecado.
Ass: Amém.
 
Pres: Aquele que nos renova para a vida eterna, pela ressurreição do seu Filho vos enriqueça com o dom da imortalidade.
Ass: Amém.
 
Pres: E vós que, transcorridos os dias da paixão do Senhor, celebrais com alegria a festa da Páscoa, possais chegar exultantes à festa das eternas alegrias.
Ass: Amém.
 
O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Ass: Amém.
 
À despedida, o diácono, ou o próprio sacerdote diz unindo as mãos:
Ide, a Missa acabou, aleluia, aleluia!
O povo responde:
Ass: Graças a Deus, aleluia, aleluia!